terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A (longa) espera da Bella



Este post não é pra falar sobre parto, ou sobre minha decisão de respeitar o tempo da minha filha. Nem entro nesse assunto porque sei que é polêmico e cada um tem sua opinião a respeito. Este post é pra falar sobre a espera, as experiências que tenho vivido e externar um pouco deste turbilhão de sentimentos que até agora temos guardado só pra nós.

O último mês de gravidez foi LONGO. Parece que o tempo parou só porque a data dela nascer se aproximava. Essa ideia de que tem que estar com tudo pronto com 36 semanas pra mim foi péssima, porque quando tudo finalmente ficou pronto (mais ou menos 37-38 semanas) eu já não tinha mais nada pra fazer e passei a literalmente esperar nenê. E a situação é a seguinte, acordo todos os dias, vejo as roupinhas, lacinhos e bercinho dela e começo a imaginar como vai ser quando minha bonequinha estiver aqui com a gente. Fico louca porque de fato só falta ela. Depois de 9 meses vc já está louca pra ficar livre da barriga e conhecer esse serzinho que já ama tanto.

Quando optamos pelo parto mais natural possível, sabíamos que enfrentaríamos essa ansiedade de "pode ser a qualquer momento", mas eu não sabia que seria tão difícil assim. Chegou a semana da data prevista do parto e todo mundo ansioso... Nós, nossos pais, irmãos, amigos, avós, tios... e a data passou e bateu a frustração. Cadê a Bella? Na consulta o médico novamente deu parabéns e disse que estou cuidando muito bem dela e ela está tão saudável que não tem motivo nenhum pra antecipar as coisas. Vamos esperar. Vem aquela felicidade de saber que ela continua bem e saudável e aquela angústia de não saber quando vai ser.

Essa última semana se arrastou. Cada dia uma nova expectativa. Cada contração uma luz no fim do túnel. Tem momentos que fico super tranquila, porque sei que ela está bem e que vai chegar na hora dela, mas tem momentos que bate a insegurança e o medo do desconhecido (afinal, nunca fiz nada disso - não sei o que esperar), e choro e me sinto incapaz.

Mas posso afirmar mais uma vez que tenho aprendido muito com esse desafio. Mais uma vez, tenho que me lembrar de que Deus está no controle das coisas e que Ele sabe o que é melhor pra nós e nos ama. Confiar Nele as vezes não é fácil, porque temos uma visão limitada e anseios e medos, mas é nesses momentos que precisamos exercer nossa fé. Ele nos dá desafios e fraquezas pra aprendermos e crescermos; nenhum sofrimento, lágrima, oração e súplica é em vão.

Mais uma vez sou grata pelo marido sensacional que tenho. Que desde o início participou de todos os momentos, consultas, ultrassons, sentiu ela mexer, cantou pra ela, assistiu um milhão de documentários e leu incontáveis artigos, aprendeu a montar e desmontar o carrinho comigo e me deu colo todas as vezes que precisei chorar. Durante esses desafios me aproximo mais dele e do Pai Celestial. Me sinto tão abençoada de ter um marido tão bom e saber que ele vai ser um paizão pra minha princesinha.

Agradeço o apoio de amigos e familiares. Sei que muitos estão ansiosos assim como a gente. Mal podemos esperar pra ver nossa Bella e pegar ela no colo. Prometo que quando ela nascer, todos vão saber. Essa menininha já é muito amada. Obrigada pelo carinho! (:


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