domingo, 23 de março de 2014

Quando Tudo Muda

Há quatro anos eu e o Thiago estávamos namorando, pensando em nos casar. Eu tinha 18 anos e estudava na UFMG. Estava começando a entrar na vida adulta, independente e começando a fazer escolhas definitivas pra minha vida.


O Thiago cresceu com a Fê. Ela é a irmãzinha que ele nunca teve. Ele já disse pra mim que se eu não gostasse da Fê desde o início, ele nem namoraria comigo. A sorte foi que desde o primeiro momento eu me apaixonei pela Fê e o resto da família. E ainda fui acolhida como filha pelo KK e pela Andreia.

Eu nunca tive sonho de casar. Nunca sonhei com a cerimonia, nem com a festa, nem buquet e nem vestido. Foi quando o Thiago falou que queria casar comigo e nós começamos a fazer planos que eu comecei a entender o que era um casamento e as coisas que estavam envolvidas no processo. Em abril de 2010 a Fê e o Pedrinho se casaram. Me lembro que passei o dia todo pensando neles. Pensando na mudança que aquilo seria para eles. Pensei na Fê. Ela sairia de casa solteira e voltaria casada. E nunca mais seria a mesma coisa.

Quando visitamos o apartamento deles o Thiago disse "Nossa, Fê. To com uma inveja de você!!!". E foi muito legal ver o início da vida deles juntos, porque realmente despertou uma vontade maior em mim de me casar cedo e ter minha vida com o Thiago.

Dia 21/03/14 a Fê e o Pedrinho tiveram o primeiro filho. O Davi. E no dia que ele nasceu eu passei a manhã pensando de novo na mudança que aquilo traria para a vida deles. Eles sairiam de casa como 2 e voltariam como 3. E os dias e as noites nunca mais seriam os mesmos.

Fomos visitar o Davi e os pais e foi amor a primeira vista. Já amo esse menino. O Thiago nunca tinha segurado um bebê antes, e depois de um pouco de insistência minha ele pegou. E quando ele segurou, ele olhou pra Fê e falou de novo "Nossa, Fê. To com uma inveja de você!!". e não queria soltar o Davi depois.

Somos muito gratos por termos amigos tão maravilhosos como a família do KK. São como nossa própria família. Nos apoiam, nos amam e nos ajudam em todos os momentos.

Fê e Pedrinho, desejamos muitas felicidades a vocês! Ainda mais nessa fase gostosa, com um bebezinho em casa. Já estamos curtindo com vocês e já amamos o Davi demais!

Davizinho com a mantinha que demos pra ele

terça-feira, 18 de março de 2014

Moments of Impact




“Tenho uma teoria sobre momentos. Momentos de impacto! Esses flashes de realidade que nos reviram, acabam definindo quem nós somos. O fato é: cada um de nós é a soma dos momentos que já tivemos e de todas as pessoas que já conhecemos. E são esses momentos que são a nossa história. Como nossas músicas favoritas de lembranças que tocamos em nossa mente várias vezes. Um momento de amor, totalmente físico, mental, e de qualquer outro tipo. Um momento de impacto tem a capacidade de mudar, tem efeitos bem além do que podemos imaginar. Em alguns, algumas partículas batendo umas nas outras, deixando-as mais unidas do que antes. Enquanto mandam outras para grandes desafios, indo parar onde nunca achou que eles iriam. Essa é a questão sobre momentos assim, não há como tentar controlar como irão te afetar, tem que deixar com que as partículas colidam, e esperar até a próxima colisão.”

(The Vow (Para sempre))

quinta-feira, 13 de março de 2014

It's just cornflakes

Por semanas venho me perguntando se devo ou não escrever sobre o que estamos passando. Não só é um assunto extremamente pessoal, como não é sobre conquistas, alegrias e vitórias. Quando fiz o blog, decidi escrever somente coisas positivas e eu simplesmente não sabia como ser positiva agora.

Não é exagero dizer que estamos pelo maior desafio da nossa vida juntos. Além de ser o maior, foi o mais inesperado de todos. Não vou entrar em detalhes. Mas tenho algumas coisas que acho que merecem ficar registradas, afinal, esse é um registro nosso. Para nós, nossos filhos e os amigos e familiares que estão distantes e se importam com a gente.

Adoro o filme Click. Nunca vou esquecer de quando fui no cinema com a Livinha assistir e eu chorei de soluçar e ela ficou rindo de mim. Mas ele é uma lição de vida. Posso assistir ele todos os dias e sempre vou precisar aprender mais com ele. E tem uma parte que o Morty fala sobre a propaganda dos leprechauns que estão sempre procurando o pote de ouro no fim do arco-íris e, quando chegam lá, descobrem que é sucrilhos (cornflakes).

Muitas vezes na minha vida fui atrás do pote de ouro e quando cheguei no fim do arco-íris descobri que era só cornflakes. É impressionante como a decepção e frustração tomam conta nesses momentos (video aqui).

Experimentei isso quando passei na UFMG. Criei uma expectativa enorme e quando passei, cheguei lá, vi que não era nada do que eu esperava. No início tentei lutar contra a realidade cruel em cima de mim, e custei a aceitar que o caminho fácil era continuar lá e que o difícil era eu assumir minha decepção e procurar meu rumo. Demorei 3 anos para fazer isso.

Eu e Thiago tivemos uma LONGA caminhada até o fim desse arco-íris. E mal mal encontramos cornfalkes no final dele. Passamos o último mês sem esperança, tristes e desmotivados. Choramos muito juntos e sentimos raiva. Perguntamos muitas vezes "por quê?". Passamos noites sem dormir de preocupação.

É muito fácil quando a gente vê outra pessoa passando por um desafio, ou depois que passamos por um, olhar pra trás e dizer que essas coisas fazem parte, fortalecem a gente, a gente aprende e que o Senhor está no controle e sabe o que é melhor pra nós. Já dissemos isso pra amigos e pra nós mesmo inúmeras vezes.

Mas não é tão fácil pensar assim quando nos sentimos num beco sem saída.

A maior lição que o filme Click passa para nós é que devemos parar de passar a vida condicionando nossa alegria a determinados momentos, situações, premiações, promoções, férias, etc. Devemos parar de correr atrás do pote de ouro, porque ele simplesmente não existe. Devemos encontrara alegria a cada passo do arco-íris, em cada dia que acordamos. Devemos curtir cada momento e parar de ansiar tanto pelo futuro, porque ele nunca chega, está cada dia mais distante e quanto mais perseguimos ele, mais momentos especiais e singelos perdemos e deixamos de aproveitar na nossa vida. E uma hora ela passa. Uma hora ela acaba.

Não sei o que vamos fazer ainda. Não encontramos solução para nossos problemas e nem sabemos qual caminho tomar agora. Mas sei que eu tenho que aproveitar cada dia que tenho para estar com meu marido maravilhoso, trabalhar, estudar e aproveitar cada minuto bom. E apagar os ruins. Uma hora realmente iremos olhar para trás e ver que vencemos juntos e que foi bom para nós.