quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Cake Smash da Bella

Para quem não sabe, sou formada em Design Gráfico e trabalho como fotógrafa (aqui no Brasil). É uma coisa que amo de paixão. Nos últimos anos me aventurei com muitos tipos de fotografia, entre eles newborn e Cake Smash. Esses dois são grandes desafios. Ontem descobri uma coisa:

Sempre que for fazer um newborn, o bebê vai estar aceso, e sempre que for fazer um cake smash o bebê vai estar com sono. Simples assim. Murphy existe, pessoal.

Bella é tranquila, quase não chora, sempre sorri, brinca muito, AMA explorar o mudo e tomar banho. Idealizei a sessão de fotos perfeita!!!! Afinal, ela é minha modelo preferida e normalmente coopera. Peguei várias inspirações no pinterest e decidi fazer um banho logo depois do Cake Smash. Coloquei minha mãe para trabalhar! "Quero um lação cor de rosa, bolhas de sabão, um bolo lindo e uma touca de banho". E lá foi ela trabalhar, coitada!

O bolo ficou maravilhoso, mas só depois de uma receita inteira ser jogada fora, duas queimaduras no braço e 3 receitas de glacê.  O laço ficou perfeito, mesmo sendo feito de última hora. Ela improvisou e inventou uma touca de banho na hora, sem nunca ter feito uma. Claro que tudo ficou lindo!!!!

Chamei minhas duas fotógrafas preferidas. Minha tia, que sempre me incentivou tanto e minha cunhada que descobriu a paixão dela junto comigo. 3 fotógrafas e vários assistentes para  um bebê!

Quando chegamos, ameaçou chover, mas logo parou. Preparamos o cenário e o céu abriu, o sol ficou forte, fazendo sombras bem marcadas. Respiramos fundo e começamos assim mesmo, pois já conheço a peça e sabia que não ia durar muito.

Fizemos fotos bem lindas dela, bem humorada, comigo e com o Thiago e resolvemos trazer o bolo. Então ela decidiu que só queria colo. Insistimos muito e ela começou a chorar sem parar. Coloquei a mão dela no bolo e ela chorou mais ainda. Minha mãe tentou ficar com ela, depois eu tentei. Acabamos as duas todas meladas de glacê e ela chorando mais ainda se agarrando à minha blusa.

Demos uma pausa, tentamos mais um pouco e nada de arrancar sorrisos dela. Resolvi limpá-la e deixar que ela dormisse um pouco. Ela dormiu enquanto lanchávamos e quando acordou decidi continuar. Conseguimos algumas fotos boas, mas logo abriu o berreiro.

Pegamos as coisas para o banho. Ela AMA banho. É sempre a hora do dia preferida dela. Quando minha mãe colocou o pezinho dela na água (que estava bem morninha, nem quente e nem fria), ela deu um berro tão alto que achei que era um gato. hahahaha. Não queria saber de entrar na água. Chorou mais um monte!!!!!! Já estava morrendo de dó, mas determinada a conseguir as fotos.  Larguei a câmera e comecei a fazer palhaçada para ela Durou uns 3 minutos, mas foi suficiente pra conseguirmos alguns sorrisos e um belo tombo dentro da banheira que me fez perceber que já tinha sacrificado ela demais.

Aqui vão algumas fotos do resultado. Ainda bem que tinha comigo as melhores fotógrafas de BH, junto com as melhores assistentes. Todo mundo bem humorado e empolgado junto comigo! (: Obrigada, pessoal!




















sábado, 19 de dezembro de 2015

Não quero sobreviver

Hoje eu e Thiago passamos muito tempo conversando sobre nossa vida, nossas conquistas e desafios. Temos só 4 anos e meio de casados, mas parece que já vivemos tantas coisas juntos... Temos nos sentido muito felizes, abençoados e realizados nesses últimos anos, mas já aguentamos muitos desafios.

2012 e 2013 foram anos difíceis. Recompensadores, com certeza, mas MUITO difíceis. Nós dois estávamos fazendo faculdade e trabalhando muito. Nos víamos das 23:30 às 06:00, eu trabalhava sábado e domingo era dedicado a serviços na igreja. Adorava dar aulas, mas comecei a trabalhar demais. O Thiago chegou a fazer 13 matérias em um semestre, mesmo trabalhando. Perdíamos infinitas horas no transito, o que era estressante. Era bom, produtivo, necessário e importante. Mas um dia eu percebi uma coisa que mudou minha vida.

Eu estava vivendo em função de férias e fins de semana. Vivendo não. Sobrevivendo.

Percebi que certas coisas que eu estava fazendo não me traziam alegria nenhuma. Percebi que passava a semana inteira desejando que meio dia de sábado chegasse logo.  E então decidi que não queria mais viver assim. Não queria que minha vida passasse e todos os momentos bons se resumissem em sábados e férias.

A felicidade é uma escolha. É um estado. Mas se há alguma coisa que possa afastá-la nós temos o poder de mudar. Foi então que eu mudei. A mudança começou de dentro. Decidi ser feliz. Depois de tomar essa decisão, comecei a procurar coisas na minha vida que eu podia mudar para ter ainda mais alegria. Passei a dar menos aula e fotografar mais. Diminuiu nossa renda, mas percebi que dinheiro não é sinônimo de felicidade MESMO. Emagreci 8 kg. Não há nada como nos sentirmos bem com nosso corpo... Passei a focar mais nas coisas simples que eu gostava no nosso dia-a-dia, como pedir pizza a noite e ver 10 minutos de filme com o Thiago antes de dormir, ir na casa dos meus pais, dos meus avós, almoços de domingo na casa da minha sogra... Passei a dizer mais não para as coisas que não me agradavam. Fiz planos para poder parar de dar aulas, já que era uma coisa que tinha se tornado mais desgastante do que prazerosa.

Aprendi a viver.

Atualmente, quase todos os dias, quando o Thiago chega em casa, ele dá janta para a Bella, damos banho, lemos um livrinho, dou mamá, fazemos oração e ele coloca ela para dormir. Depois vamos ficar juntos um pouco e quase todos os dias um de nós fala "amo nossa vida". E não é porque nossa vida é perfeita. Não é. Definitivamente não. Brigamos, choramos, passamos apertos e tudo. Mas sempre que eu percebo que estou louca para a semana acabar ou para as férias chegarem, eu me pergunto o que eu poderia ter feito diferente naquele dia para não precisar de fim de semana. É uma constante avaliação, constante mudança e constante busca.

Acredito que essa experiência de viver é única e não deve ser desperdiçada. Todos podemos ser felizes todos os dias. Não quero só sobreviver. Quero viver. Quero viver intensamente.








quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Gratidão

Hoje é Thanksgiving aqui nos EUA, um dia para reconhecer e agradecer. Então hoje eu decidi reconhecer os maiores ensinamentos dos meus pais. Foram muitos, mas decidi listar os principais.

Trabalho e dedicação
Aprendi pelo exemplo dos meus pais que não devemos medir esforços para alcançar nossos objetivos. Vi meu pai e minha mãe trabalhando arduamente dentro e fora do lar para proverem o melhor para a família. Vi os dois trabalhando de dia e estudando a noite, revezadamente, para nos darem educação, comida e casa e ainda assim, estarem  presentes na nossa vida, cuidando, amando e prontos para nos ajudar.

Honestidade e transparência
Minha mãe sempre me ensinou que mentira tem perna curta e as poucas vezes que menti quando criança, percebi que era verdade, porque ela sempre descobria. Mas eles me ensinaram também que honestidade é mais do que falar a verdade. É não se aproveitar de uma situação para tirar vantagem, é não omitir e é não dever nada para ninguém. E eles são grandes exemplos disso para mim.

Autossuficiência
Meus pais aprenderam muito cedo e com bastante sofrimento o valor da autossuficiência e nos ensinaram a buscá-la o tempo todo. Por muitos anos minha família teve dívidas para pagar. Foi necessário muito sacrifício, trabalho e desprendimento para conseguirem quitar tudo. E não tem sensação melhor do que dormir com a consciência tranquila. Aprendi que essa é uma busca constante e que muitas vezes precisamos abrir mão de mordomias para alcançá-la.


Muitas vezes meus pais nos pediam para orarmos pedindo por alguma coisa. Meu pai dizia que "oração de criança é mais forte". Acho que é porque as crianças não tem medo e acreditam cegamente no que querem. Dessa forma aprendi que quando queremos alguma coisa justa e lutamos por ela, ela se torna possível.

Amor e perdão
Ao ver o amor que eles tem um pelo outro, aprendi o valor do amor. Aprendi que amor incondicional está vinculado a perdoar o tempo todo. Aprendi que devemos dar e receber amor o tempo todo e que é o sentimento mais nobre do mundo.

Respeito
Não importa quem seja, aprendi que devemos respeitar as diferenças. As pessoas têm opiniões e realidades diferentes e não precisamos sempre concordar, mas devemos sempre respeitar.

Família
Aprendi que a família é o nosso maior bem. Aprendi a honrar, amar e respeitar meus pais e que meus irmãos são meus melhores amigos. Aprendi que eles são diferentes, muito diferentes e que, mesmo discordando, devemos nos apoiar, ajudar, respeitar, amar e perdoar. Aprendi que justiça nem sempre é igualdade. Sei que na família é onde encontramos maior felicidade e realização. Vi meus pais lutando por isso e vejo isso hoje na minha família que se inicia. Talvez por isso queira ter tantos filhos... Por ter tido os melhores companheiros e amigos na minha infância, desejo o mesmo pros meus filhos

Sou eternamente grata aos meus pais por tanto sacrifício, tantos ensinamentos e tanto amor. Sei que as famílias podem ser eternas e o meu maior desejo é poder ficar com eles para sempre.






sexta-feira, 20 de novembro de 2015

41 semanas

Semana passada a minha pequenininha completou 41 semanas de vida. 41 semanas, exatamente o mesmo tempo que ela ficou na minha barriga.

E desde que descobri minha gravidez ela se tornou minha companheirinha. Minha amiga.
Ela me acompanhou no meu último período da faculdade, foi minha dupla no TCC, fez hidroginástica comigo, caminhamos muito juntas, viajamos só nós duas, conversamos, ouvimos música, nos conhecemos, me entreguei pra ela, senti o que ela queria para, finalmente, ao final de 41 semanas, trabalharmos juntas para ela nascer.

Minha adaptação com a maternidade foi maravilhosa. Leio tantos relatos de mães que tiveram muitas dificuldades e frustrações nesse início, mas posso dizer com total honestidade que as primeiras semanas de vida da Bella foram calmas, tranquilas e maravilhosas.

Parecia que já nos conhecíamos. Senti muita dor, é verdade. Meus pontos doíam e amamentar doía. Por vezes pensei em desistir, mas consegui me manter firme no meu desejo. Fora isso, foram dias deliciosos.

Os cuidados básicos foram mais simples do que eu pensava. Já sabia trocar fralda, dar banho e vestir. Tinha medo de curar umbigo, mas foi muito mais simples do que eu previa e ele caiu com 5 dias. Ela dormia muito. Com 15 dias já saía com ela para todo o lado. O Thiago ficou com a gente por 20 dias e foi maravilhoso passar esses 20 dias em família, só nós 3.

Recebi ajuda de pessoas que sou eternamente grata. Minha mãe lavou as roupinhas da Bella por 40 dias, minha cunhada, minha sogra e minha tia levaram comida para nós e não tivemos que nos preocupar com isso. O Thiago me ajudou com a casa. Mas me sentia plenamente feliz, completa e realizada. Era como se tivesse nascido para isso. Toda manhã era como Natal. Sabe quando você ganha um brinquedo novo e fica doida pra brincar com ele o tempo todo? Era assim que me sentia. Me senti muito segura também. Foi maravilhoso.

Quando recebemos a notícia de que realmente viríamos para os EUA, eu fiquei muito apreensiva. Já escrevi sobre isso aqui no blog. Apesar de muito feliz e orgulhosa do Thiago, eu tive muito medo. Sabia que ficaria longe de tantas pessoas que amo. Tive medo de me sentir sozinha.

A Bella veio no momento perfeito. Ela é minha companheirinha. Nessas 41 semanas fora da minha barriga, nos tornamos ainda mais amigas e companheiras. Fazemos tudo juntas (inclusive ir no banheiro, tomar banho, etc). Quando quero chorar, ela abre aquele sorrisão. Ela ama livros, assim como eu. Ela tem os olhinhos mais expressivos que já vi e me transmite muito amor através deles. Quando estou no meu limite, sinto a mãozinha gordinha dela no meu rosto, ou puxando meu cabelo. Quase todos os dias, quando a noite vai chegando e me sinto exausta, me deito no chão e ela deita sua cabecinha na minha barriga. Ela ama água, adora nadar, assim como eu. Nossos passeios pelo condomínio são os melhores.

Ela é minha melhor amiga e me traz muitos sorrisos (e muito cansaço) todos os dias.





















quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Ao pai da minha filha

Apesar de sempre ter sonhado em ser mãe, eu tinha algumas coisas que queria fazer antes desse sonho. Algumas coisas eram mais simples, como viajar, trabalhar muito, estudar... Mas uma das mais importantes era solidificar o meu relacionamento com meu marido. Queria que nosso casamento estivesse mais maduro do que quando nos casamos, queria me sentir segura, ter passado tempo com ele e queria ter trabalhado em alguns dos meus muitos defeitos.

Pois bem. Fizemos isso tudo. Larguei a faculdade, comecei outra, trabalhei como louca, juntamos dinheiro, viajamos, passamos tempo juntos, o Thiago se formou, brigamos, fizemos as pazes, aprendemos, melhoramos muito e engravidamos (um pouco antes do previsto).

Eu sabia que ter um bebê mudaria nossas vidas para sempre. Sabia que poderia nos afastar ou nos aproximar. Sabia que nossa rotina seria diferente e que algumas coisas seriam mais difíceis e outras muito mais divertidas. O que eu não sabia é que ter uma filha me faria me apaixonar novamente pelo meu marido. Me apaixonar de uma forma diferente, ainda mais intensa. Então aqui vai, 

ao meu marido:

Você tem sido meu companheiro nas horas mais difíceis e nas mais divertidas. Você sabe me fazer sorrir, rir e me fazer feliz de verdade. Você cuida de mim. Obrigada.

Mas ver você fazer essas coisas com nossa filha é como ter você fazendo por mim mil vezes.

Não existe coisa mais mágica do que ver você brincando com ela. Nem mais engraçada do que ver você trocando fralda, ou colocando ela no chão para vesti-la. É lindo ver os olhinhos dela quando você chega e o seu sorriso quando ela estende os bracinhos pra você. É doce o momento que ela deita no seu peito e você canta pra ela as músicas que seu pai cantava pra você. É um acalento quando você cuida dela de madrugada e me ajuda a amamentar no modo zumbi. É delicioso ver você dando comida pra ela e tirando ela toda suja da cadeirinha para dar banho. Amo ver vocês dois dormindo agarradinhos e você chamando ela de "pacotinho". Adoro ela ser a sua cara, xeroquinho, só com meus olhos (e bumbum grande). Amo a cumplicidade entre vocês.

Não tem nada mais recompensador do que os momentos que passamos juntos, nós três. Ela olha pra você e olha pra mim, olha pra você e olha pra mim. Passa a mão no seu rosto e depois no meu. São momentos que não são registráveis. Mas são eles que eu guardo aqui no meu coração.

Ver você pai, me faz mãe, me faz mais mulher, mais menina. Faz meu coração bater mais forte e desejar que o tempo pare.

Te amo pra sempre. Obrigada por me tornar a melhor coisa que posso ser. 


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

9 meses e uma grande lição

Muitas pessoas inclusive meus pais, marido e familiares já me falaram que eu sou sortuda, nasci com a bunda pra lua, que tudo que eu quero acontece. Confesso que em algumas coisas me considero sortuda sim. Mas  a verdade é que eu tenho um péssimo hábito. Eu desisto fácil. Se alguma coisa parece que não vai dar certo, rapidamente eu descarto e procuro outra coisa para fazer. Horrível, eu sei. Talvez por isso algumas pessoas achem que as coisas simplesmente acontecem pra mim. Se eu vejo que pode dar certo, eu corro atrás e dou tudo de mim e aí é claro que dá certo.

A Bella completa 9 meses hoje. Sou abençoada por ter um emprego que me permite trabalhar de casa, então passo o dia todo com ela. ADORO observar ela brincar e se desenvolver. Aliás, desenvolvimento infantil sempre foi uma paixão. Quando fiz intercâmbio uma das matérias que escolhi e foi uma das preferidas (com um A no final do ano) foi Child Development. E tenho observado cada coisa que ela aprende, cada minuto do crescimento dela. E aprendi uma grande lição.

Ela NUNCA desiste. Tudo que ela (e todos os seres humanos) aprendem é depois de muito esforço, dedicação e, mais importante, frustração.  Foi assim quando ela estava aprendendo a se sustentar sentada, a pegar objetos, e todas as outras coisas. Mas acho que se tornou ainda mais evidente há pouco tempo, quando ela estava aprendendo a engatinhar e agora que quer ficar em pé o tempo todo. 

O quartinho dela é baseado no método desenvolvido por Maria Montessori. Há pouco tempo (quando achei que era importante, pois o quartinho montessoriano está sempre mudando e se adaptando `as novas fases da criança) instalamos (o vovô Ricardo instalou) uma barra e um espelho no quarto dela. Desde o início ela adora se olhar no espelho, faz caras e sons e sorri, mas ela não conseguia levantar sozinha, então eu a colocava lá, para gerar interesse. Depois de alguns dias fazendo isso, parei. Ela já conhecia, tinha o ambiente e usaria a barra quando estivesse pronta. Não demorou muito e a danadinha já estava lá. Se ajoelhava e segurava na barra, mas não conseguia ficar de pé. Muitas vezes tentava várias vezes e caía. As vezes acompanhando a queda, vinha um chorinho. Eu consolava ela e passado alguns minutos lá estava ela de novo. Sem desistir. 

Em poucos dias ela conseguiu se suspender pela primeira vez. Ela deu gargalhadas e quando foi bater palminhas caiu. Tentou mais algumas vezes e não conseguiu. Eu só observei e fiquei pensando na frustração dela. Mas eu sabia que era uma coisa que ela tinha que aprender sozinha, estive lá para consolar e dar colo quando ela chorava, mas não interferi. No dia seguinte ela conseguiu de novo. E de novo. Caiu algumas vezes. Em poucos dias ela passou a conseguir levantar sempre que queria. E ela adora! Dá pra ver que é uma conquista. Mas ela não para por aí. Agora quer da passinhos se segurando, ou soltar a barra e se equilibrar nos pezinhos. E ela cai. hahaha. 

Comecei a refletir sobre isso. Todos nós nos desenvolvemos assim. Em que momento da vida passamos a ter medo de frustrações? 

Preciso ser mais como a Bella e me dedicar mais. Não desistir na primeira semana de academia, só porque faltei um dia, ou de ser saudável porque comi um chocolate, ou de cozinhar porque queimei um arroz, ou de qualquer outra coisa que tenha vontade. A vida é aprendizado e é frustração. É dedicação e trabalho duro. Nada vem de graça, pra ninguém.

Espero conseguir colocar isso em prática e me desafiar mais e mais. Porque a vida é pra gente se superar e ser o melhor que podemos ser e aprender a lidar com as frustrações, porque elas existem desde que nascemos.

E olha que ela só tem 9 meses. Imagina daqui alguns anos...

O dia que a barra foi instalada



Essa não foi a primeira vez que ela subiu, mas foi a primeira vez que filmei!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Toda mãe é mãe

Sigo muitas muitas muitas páginas sobre maternidade. No facebook, instagram, youtube, etc... é um assunto que amo muito. Amo ler e assistir relatos de parto, gravidez, experiências, dicas, tudo sobre desenvolvimento infantil.

Não sei se por isso, mas tenho notado, com bastante frequência, muitos ataques e disputas entre as mulheres. Não entendo por que. É uma disputa de "mais mãe", "menos mãe", tão desnecessária. E daí que eu quis parto normal? Por que isso tem que ofender quem fez cesárea? Ou se a outra precisou dar fórmula? Isso atrapalha quem consegue amamentar? Qual o problema de uma mulher trabalhar fora? Isso me impede de trabalhar em casa? Falta respeito, consideração, apoio e acima de tudo, falta amor.

Acredito que nós mulheres temos que nos apoiar, mesmo quando temos opiniões ou fazemos escolhas diferentes. Podemos SIM compartilhar experiências e informações e isso não significa que estamos julgando ou condenando quem faz diferente. Aprendi muito pelas experiências compartilhadas, mas isso não quer dizer que sigo todas elas.

Pensando nisso tudo, decidi criar uma série no nosso canal do Youtube chamado "Toda mãe é mãe". Vou fazer vídeos entrevistando mulheres com experiências diferentes para mostrar que não importa as suas escolhas, TODA mãe é mãe. Toda mãe ama, se doa, sacrifica e muda pelo filho. Que nós possamos nos cobrar menos e julgar menos as pessoas que fazem diferente de nós!

O primeiro vídeo foi ao ar semana passada e você pode assistir aqui em baixo. Rapidamente recebi muitos comentários e mensagens tocantes falando de como se identificaram, inspiraram e foram ajudadas pelas experiências que minha mãe compartilhou.

Foi uma delícia gravar o vídeo, estar com minha mãe e ouvir tantas coisas que ela passou. As dificuldades e as alegrias.

Espero que essa série ajude e inspire muitas mulheres. Espero que ela espalhe o amor e companheirismo entre nós. Afinal, #todamãeémãe <3



PS: Se você tem alguma experiência marcante e quer participar da série (ou conhece alguém que queira) , entre em contato comigo pelo email (thiagoecamillaalves@gmail.com), porque vou amar conversar com o maior número de mães possível!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Paradoxo

Eles acabaram de ir embora. Já me sinto seca de tanto chorar e fico com raiva porque chorar dá dor de cabeça, então agora estou com a cabeça latejando.

Sentei no chão do meu closet, com a porta fechada enquanto o Thiago ficava com a Bella e pensei no quanto dói me despedir. É uma dor muito particular, que só quem já passou por isso entende. O Thiago abriu a porta, me chamou pra ficar com ele e disse que quer me fazer feliz. "Você me faz feliz", respondi. Sim, sou uma pessoa muito feliz e amo nossa vida. Mas isso não quer dizer que me sinta completa.

É o preço que se paga. É alto, quase alto demais. Mas a vida é feita de escolhas, não é? Algumas mais difíceis que outras. Continuava chorando e o Thiago falou "Parece que você está sofrendo mais agora do que quando nos mudamos". E estou mesmo. Não sei dizer exatamente o por quê. Talvez porque me sinto ainda mais dividida. Queria a qualidade de vida que temos aqui, com as pessoas que amamos perto de nós. Queria poder participar dos churrascos em família e aniversários e ainda ter a segurança que temos aqui. Queria sair para fazer compras com a mamãe e ainda não ficar revoltada com os preços. Queria poder passear e não pegar trânsito. Queria muitas coisas...

O coração dói. Já me sinto apatriada. Não importa onde eu esteja, nunca vou estar completa.

Os dias que eles passaram aqui foram tão bons... Cheios de vida, de sorrisos, de alegria. Tão bom vê-los participando da vida da Bella Belloca, conhecendo os lugares que amamos frequentar e a nossa rotina tranquila aqui... Partilhar nossa alegria com eles... Foram dias que vão deixar uma memória doce, impossível de esquecer.

Não sei como nossa vida vai ser, como vamos lidar com isso, até quando isso vai durar. Sei que estamos aqui com um propósito. O Thiago ama o que faz, tem se saído muito bem e somos muito felizes, sim. Sei que tudo acontece por um motivo.

É muita alegria e muita tristeza.

ps: Obrigada, mamãe e papai! Nós amamos receber vocês, voltem logo, por favor.