quinta-feira, 30 de abril de 2015

Bella - Primeiro trimestre

Há uma semana pequetita completou 3 meses. Não tenho como descrever como minha vida mudou nesse tempo. São muitas novidades, rotina nova, muita alegria, muitos sorrisos e muitas mordidas!
Bella é um bebê muito tranquilo, quase não dá trabalho. Teve cólicas dos 20 dias até 1 mês e meio, quando comecei a dar o Colikids pra ela, que funcionou milagrosamente. Em alguns dias as cólicas passaram e, mesmo depois de 3 semanas (quando parei de dar o remédio), elas nunca mais apareceram! (:
Ela tem se desenvolvido muito bem, é saudável, esperta e super sorridente. Adora brincar, tomar banho e banhos de sol. Mama só leite da mamãe e tem crescido direitinho. Acorda pouco de madrugada e dorme bem durante o dia também. Agora decidiu que só dorme no berço, abraçando o bichinho que tia Carla deu.
Tem sido dias felizes!! Amo ser mãe e cuidar dessa princesinha!
Segue abaixo o acompanhamento que tenho feito dela a cada consulta no pediatra.









quarta-feira, 15 de abril de 2015

Sobre amamentação

Sempre soube que queria amamentar meus filhos. Não só porque o leite materno é o mais saudável, mas também pelo vínculo afetivo que se forma entre mãe e filho.

Durante a gravidez li muito sobre o assunto e achei todos os tipos de dicas possíveis, mas a única coisa que fiz para preparar os seios foi usar a concha depois da 33a semana de gravidez para ajudar a formar o bico e estimular a produção de leite e depois da 38a semana comecei a bombear leite para estimular o trabalho de parto. Eu sabia que seria difícil no início, não só por tudo que li, mas também por me lembrar da experiência da minha mãe quando Stella nasceu. Eu tinha 12 anos, então me lembro do sofrimento dela no início e no desmame, quando Stella tinha 1 ano e 3 meses.
Mas nada disso foi suficiente pra eu saber quanta persistência e força de vontade teria que ter no início.

Quando Bella nasceu a primeira mamada foi na primeira hora de vida, assim que ela saiu, veio pro meu colo e mamou. Nós duas ali, nos conhecendo, meio desajeitadas, depois de horas trabalhando juntas, trocando os primeiros olhares e sentindo o cheiro uma da outra. Doía um pouco, mas eu não sabia se a pega estava certa ou errada ou se o colostro estava saindo. Mas nunca me preocupei se era o suficiente. Sabia que era. Na manhã seguinte eu estava na enfermaria e lembro de perguntar pras outras mães se elas também estavam sentindo dor na hora de amamentar e todas disseram que sim.
Fui pra casa e aí a jornada começou de verdade. Ela mamava 1 hora  ou 1 hora e meia sempre. Eu deixava ela no mesmo peito pra ela receber o "leite magro" e o "leite gordo", como havia sido instruída. Lembro que nos primeiros dias era difícil saber o que doía mais, os seios, os pontos ou as costas de ficar tanto tempo segurando ela na mesma posição. O bico do peito direito rachou um pouco, mas sarou logo, sem pomada; só usava o próprio leite para ajudar na cicatrização. Ela não gostava muito desse peito, preferia o esquerdo.

Quando veio a apojadura (primeira descida do leite) meus peitos ficaram gigantes, empedraram e ficaram um pouco quentes. Doía muito e eu vivia encharcada. Desisti dos absorventes pra seio, as conchas vazavam sempre que eu deitava ou abaixava, então passei a usar fraldas descartáveis. Eu tirava um pouco sempre que ela mamava e colocava gelo pra diminuir a produção de leite. 
Uma coisa que me surpreendeu foi o cansaço. Sempre que amamento (principalmente no primeiro mês) eu me sentia EXAUSTA! Parecia que tinha corrido uma maratona! De fato amamentar emagrece. Acho que por isso. Sabia que dava sede, mas não sabia o tanto de água que beberia. Bebia 4 ou 5 litros por dia no primeiro mês. Depois reduzi pra 3 e agora bebo 2. Toda vez que ia amamentar, o Thiago já trazia uma garrafinha de água pra mim, esperava eu beber e enchia de novo porque sabia que era instantâneo.

Eu não senti nenhum prazer em amamentar no primeiro mês. Um dia ela começou a chorar de fome e eu chorei de desespero dizendo "Não sei de onde eles inventaram esse 'prazer de amamentar'. Dói demais!" O Thiago não sabia quem acudia, mas quando ele ameaçou sair pra comprar fórmula, eu disse "Não, me dá ela aqui." e coloquei ela no peito chorando. 

De fato o tal "prazer de amamentar" existe e ele chega. As vezes parece que aquela dor vai durar pra sempre, mas ela vai embora e amamentar se torna maravilhoso. O bebê aprende melhor, a mãe aprende melhor, os seios "calejam" e passamos momentos maravilhosos juntos. Hoje em dia a Bella mama em 10 minutos, meu corpo produz leite suficiente pra ela e vaza bem menos, não me sinto tão exausta e saber que meu corpo produz o melhor alimento pra ela me dá uma sensação incrível.
Adoro quando pego ela, ela começa a mamar, olha pra mim e dá aquele sorriso e passa a mãozinha no meu peito, quando ela dorme mamando e quando ela acaba de mamar e fica com aquela cara de bêbada. 

São momentos preciosos, então queria dizer pras mamães de plantão que vale a pena ter paciência e persistência, porque a dor passa e o que vem depois é recompensador e não tem preço.